Eduardo Bighelini, tenor * O seu evento merece esse show!
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Tipos de tenores
Na ópera, costuma-se distinguir entre diferentes tipos de tenores, conforme a altura e as habilidades técnicas exigidas por um determinado papel:
• Tenor dramático (tenore drammatico): voz encorpada, a mais grave dentre os tenores, de coloração sombria e capaz de transmitir a intensa carga dramática que é exigida por papéis trágicos. Típico dos heróis verdianos, por exemplo, o Otello da ópera homônima.
• Tenor heróico (Heldentenor): o termo foi cunhado por Richard Wagner e refere-se a um tenor dramático com capacidade de emissão próxima à de um barítono. Aplica-se quase exclusivamente ao repertório do compositor, em óperas tais como Lohengrin ou Siegfried.
• Tenor lírico (tenore lirico): timbre claro, com pleno domínio da região média.
• Tenor spinto: o termo vem do verbo italiano "spingere", que significa esticar. Refere-se a um tenor lírico cuja voz é "empurrada" para a região de um tenor dramático. Ou seja, o cantor possui um timbre claro mas deve ser capaz de "escurecer" a voz com vistas a trasmitir a dramaticidade requerida por papéis trágicos.
• Tenor ligeiro (tenore leggiero): a mais aguda dentre os tenores, voz de timbre claro e brilhante, com boa projeção e domínio técnico suficiente para a execução de floreios. Tipicamente empregada nas óperas do bel canto.
• Tenore di grazia: o termo é usualmente empregado em conotação valorativa para designar um tenor lírico extraordinariamente hábil, especialmente no que diz respeito ao pleno domínio do legato e do passagio.
Características
De acordo com a classificação tradicional, a voz de tenor corresponde à faixa de sons mais aguda que pode ser emitida, no canto lírico, por um indivíduo do sexo masculino. Ela distingue-se do barítono e do baixo por ter sua extensão padrão dentro dos limites do Dó2 ao Dó4 (onde os números correspondem à oitava do piano).
O termo tenor provém do latim tenere, que significa sustentar. Na música medieval, era a esta voz que era atribuída, via de regra, a linha principal do canto. Por esta razão, o intérprete deveria ser capaz de "sustentar" as notas enquanto as outras vozes, mais agudas, realizavam floreios vocais.
A rigor, existem outras duas vozes masculinas ainda mais agudas do que o tenor. Elas são o contratenor, onde o cantor atinge o alcance vocal que corresponde à voz feminina de mezzo-soprano, e o sopranista, que chega mesmo a emitir notas na faixa de um soprano.
Indivíduos do sexo masculino não são capazes de atingir "naturalmente" o alcance vocal de um contratenor ou sopranista, porque durante a puberdade os hormônios masculinos fazem as cordas vocais engrossarem e a voz desloca-se para uma zona de emissão mais grave. Para especializarem-se nestas funções, os intérpretes necessitam deste modo de um treinamento especial. Por esta razão, o tenor ainda é tradicionalmente considerado a mais aguda dentre as vozes masculinas.
No repertório operístico clássico e romântico, os tenores costumam desempenhar os papéis masculinos principais, enquanto os coadjuvantes mais importantes estão a cargo das vozes mais graves (barítono ou baixo). Em muitos casos, o enredo gira em torno de uma disputa entre "herói" e "vilão", com o primeiro quase invariavelmente atribuído a um tenor.
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