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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

O equilíbrio e a música

 Eduardo Bighelini, tenor 
Contatos: +55 (51) 98183-9688 * ebighelini@gmail.com * @edubighelini.tenor

O equilíbrio 

Existem diversas maneiras de se utilizar a música, ou o som, no trabalho iniciático, seja pela harmonização através da música; seja utilizando sons vocálicos para energizar nossos centros espirituais; ou através da utilização de palavras, ou sons, em invocações. Iremos analisar dois métodos de utilização da música/som em nosso trabalho espiritual: 1) utilizando a música para equilibrar nosso temperamento; 2) utilizando sons vocálicos para energizar e despertar nossos centros espirituais, expandindo a nossa capacidade de emissão de Palavras de Poder.

Os quatro elementos

A música é um conjunto de sons produzidos de acordo com uma métrica e com um sentido claros, e que o som nada mais é do que vibrações transmitidas pelo ar e percebidas pela nossa membrana auditiva. Porém, mais do que percebida por nosso ouvido, a música é percebida pelo corpo como um todo, já que todo nosso corpo é vibração. Podemos estender esse conceito a todos nossos corpos: etérico, astral, mental, alma, etc., pois todos são vibrações, cada um mais sutil do que o outro.

Portanto, quando ouvimos música, podemos conseguir que todos os nossos corpos vibrem em consonância com o som ouvido/emitido, e utilizá-la para alcançarmos estados mais sublimes de consciência.

A música ocidental, e principalmente a música clássica, sempre foi construída sobre padrões que eram transposições da natureza invisível: a unidade, o binário, o ternário, o setenário, entre outros. Muitos compositores antigos utilizaram esse padrão mágico em suas composições com a finalidade expressa de serem condutos para os mundos divinos. Essas composições foram construídas de acordo com o temperamento que cada um queria dar a sua composição, para uma determinada finalidade espiritual. Podemos definir esse temperamento nas quatro características básicas de construção do universo representados pelos quatro elementos.

Fogo = Bilioso, Colérico ou Voluntarioso.
Ar = Sangüíneo, Expansivo ou Anímico.
Terra = Melancólico, Apático ou Mental.
Água = Linfático, Sentimental ou Sensível.

De acordo com a ciência astrológica, cada pessoa tem seu temperamento de acordo com a combinação desses quatro elementos. Existem duas maneiras de se descobrir o elemento dominante de cada um de nós: pelo elemento associado ao nosso signo solar, ou pela quantidade de elementos de acordo com o numero de planetas em cada signo. A última maneira é mais eficiente porque pode nos indicar excesso de um determinado elemento e/ou falta de algum outro.

Como podemos classificar as músicas dentro dessas mesmas características dos elementos, podemos utilizá-las então como influência vibratória para "afinar" o nosso próprio padrão vibratório, no intuito de nos harmonizar.

Uma pessoa que tem um temperamento predominantemente Água, ao entrar em contato com uma música com as mesmas características e padrão vibratório, terá seu temperamento Linfático, Sentimental ou Sensível, afinado pelo diapasão harmonioso da música aquosa.

Da mesma maneira, pessoas com falta de característica de um determinado elemento, por exemplo, Fogo, ao ouvirem uma música de padrão vibratório fogoso, será beneficiada pela afinação de seu próprio padrão com a vibração que lhe falta.

Portanto podemos utilizar as características elementares da música de três maneiras: harmonizando-nos com padrões vibratórios de nosso elemento dominante com o intuito de harmonizá-lo; utilizando o padrão vibratório do elemento complementar (Fogo-Ar, Terra-Água); ou utilizando os padrões vibratórios de elementos que nos faltem.

De qualquer maneira nós devemos não apenas ouvir a música, mas principalmente senti-la com o nosso corpo, ou corpos. A música não deve evocar sentimentos, imagens do passado ou sensações, ela deve sim criar condições para que, ao harmonizar-se, nosso corpo consiga alcançar estados mais profundos de consciência. A harmonização através da música, nesta prática ou nas próximas, deve ser utilizada como instrumento para que se consiga uma meditação profunda, que possa ser utilizada em uma oração, um trabalho de visualização, um ritual ou uma invocação.

Para o elemento Fogo, podemos escolher músicas vibrantes e tonantes, tais como as de Bach (Concertos de Brandenburgo). Para o elemento Ar, músicas expansivas e anímicas com as de Mozart. Para o elemento Terra, músicas de efeito mais melancólico como a "Dança eslava" de Dvorak, e para o Elemento Água, músicas sentimentais e sensíveis tais como o "Noturno" de Chopin.

O importante, porém é sempre procurar a posição correta e o ambiente correto para que se possa aproveitar a música, ouvindo-a com todo o corpo, deixando-se levar por ela até onde os deuses e as musas estão em eterna harmonia.

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