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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Reações da Música no Cérebro

Eduardo Bighelini, tenor 
Contatos: +55 (51) 98183-9688 * ebighelini@gmail.com * @edubighelini.tenor 

Cérebro musical

Se você perguntar a uma pessoa, escolhida aleatoriamente, se ela é "musical", provavelmente obterá uma resposta negativa, a menos que seja um cantor, dançarino ou toque um instrumento. Em muitos casos, mesmo estes podem responder que não são realmente "musicais".

Em estudo recente, Stefan Koelsch e seus colaboradores do Instituto Max Planck de Neurociência Congnitiva e da Universidade de Leipzin, na Alemanha, registraram a reação elétrica do cérebro a vários acordes diferentes. A pesquisa foi realizada com pessoas que não tinham absolutamente nenhuma formação ou treino musical, e aconteceu através de seqüências que raramente cotinham um acorde que não atendesse as expectativas sonoras dos indivíduos. Então, a primeira conclusão é que as pessoas, mesmo sem treino musical, automática e inconscientemente estabelecem certas expectativas sobre quais acordes "combinam" uma seqüência e quais não.

Esta expectativa inconsciente foi estabelecida tocando-se uma série de acordes que eram apropriados para um certo tom. Já que qualquer acorde individual sempre pertence a vários tons, os indivíduos estavam inconscientemente "extraindo" um "tom central", comparando relações musicais entre diferentes acordes. Quando toda uma seqüência de acordes pertencia ao mesmo tom, os cérebros não mostravam reação especial. Porém quando um dos acordes não combinava com o tom implícito, então produzia um potencial cerebral particular, como que dizendo: "este acorde não se encaixa neste tom". Isto ocorria mesmo sem os indivíduos possuírem conhecimento musical.

O resultado surpreendente, pois demonstra que o cérebro está fazendo o cálculo de complexas relações musicais, criando expectativas e detectando violações dessas expectativas, mesmo se o "dono" deste cérebro não o "sabe", insinuando que o cérebro humano normal é um cérebro musical. De que outra forma poderíamos explicar estas complexas e inconscientes expectativas musicais? Todos, sem dúvida, possuem o equipamento cerebral para "fazer" música. Além disso, os fatos são claros em sua sugestão: a música é parte da natureza humana.

Fonte: Dicas Técnicas Weril

Pitágoras

 Eduardo Bighelini, tenor 
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Harmonia Celestial

Pitágoras descobriu que a altura de uma nota musical depende do comprimento da corda que a produz. Isto lhe permitiu correlatar os intervalos da escala musical com relações numéricas simples. Quando um músico aperta uma corda exatamente a meia distância de seu comprimento, uma oitava é produzida. A oitava tem a mesma qualidade de som da nota produzida pela corda solta mas, como vibra a duas vezes a freqüência, é ouvido a uma altura mais alta. A relação matemática entre a nota principal e sua oitava é expressa como uma relação de freqüência de 1:2. As notas progridem em uma série de intervalos de um tom para a oitava acima, ou abaixo, em todo tipo de escala musical. Notas separadas por intervalos de uma quinta perfeita (relação 2:3), ou tônica, e de uma quarta (3:4), ou dominante, sempre foram as mais importantes consonâncias na música ocidental.

Ao reconhecer estas relações, Pitágoras tinha descoberto a base matemática da harmonia musical, além de corroborar o sua Tetrakys sagrada com as relações entre os intervalos: 1,2,3,4. Além destas relações, descobriu também que dividindo a corda em seu quinto, obtinha o intervalo de terça, que dá a característica de maior ou menor do acorde ou da composição musical.

Através de um "insight", Pitágoras tinha inventado também a ciência ocidental.

Associando medidas de duração com tons musicais ele fez a primeira redução conhecida de uma qualidade (som) em uma quantidade (duração e relação). A compreensão da natureza pela matemática permanece um objetivo primário de ciência hoje. Mas Pitágoras também reconheceu que a oitava musical é a expressão mais simples e mais profunda da relação entre espírito e matéria. O "milagre da oitava" é que mesmo totalmente dividida em duas partes audíveis e distinguíveis, permanece contudo reconhecível como a mesma nota musical - uma manifestação tangível da máxima hermética "assim como é em cima, é em baixo". A profundamente influente, porém de vida curta, Fraternidade de Pitágoras, buscou unir religião e ciência, matemática e música, cura e cosmologia, corpo, mente e espírito em uma síntese inspirada e iluminada.

Intervalos

Os Pitagóricos utilizavam a música para curar o corpo e elevar a alma, contudo eles acreditavam que música terrestre não era mais que um eco lânguido da universal harmonia das esferas. Na cosmologia antiga, as esferas planetárias ascendem de Terra ao Céu como degraus de uma escada de mão. Era dito que cada esfera correspondia a uma nota diferente de uma escala musical principal. Os tons particulares emitidos pelos planetas dependiam das relações das órbitas respectivas deles/delas, da mesma maneira que o tom de uma corda de uma lira depende de seu comprimento. Outro tipo de escala celestial relacionava os tons planetários aos movimentos aparentes de rotação deles ao redor da Terra. A música das esferas nunca era um sistema fixo de correspondências. Muitos esquemas variantes existiram porque cada filósofo necessariamente aproximaria isto de uma perspectiva ligeiramente diferente.

Pitágoras ensinava que cada um dos sete planetas produzia através de sua órbita uma nota particular de acordo com sua distância do centro imóvel que era a Terra. A distância em cada caso era parecido com as subdivisões tonais. Isto é o que foi chamado Música Mundana que normalmente é traduzido como Música das Esferas. O som produzido é tão primoroso e raro que nossos ouvidos estão impossibilitados de ouvir. É a Música Cósmica que, de acordo com Philo de Alexandria, Moisés tinha ouvido quando recebeu as Tábuas da Lei no Monte Sinai, e a qual Santo Agostinho acreditava que os homens ouvem na hora da morte e lhes revelam a mais alta realidade do Cosmo. Esta música está presente em todos lugares e governa todos os ciclos temporais, como as estações, ciclos biológicos, e todos os ritmos de natureza. É o som da harmonia do universo, a harmonia que Platão chamou de "um ser vivente e visível, que contém dentro de si todos os seres viventes da mesma ordem natural".

Platão, Plínio, Cícero e Ptolemeu estão entre os filósofos do mundo antigo que contemplaram a música das esferas. A doutrina foi transmitida para Europa medieval onde encontrou sua expressão mais conscientemente gloriosa na arquitetura das grandes abadias e catedrais projetadas para conformar às proporções da harmonia musical e geométrica. O hermetista inglês Robert Fludd (1574-1637) visualizou escalas celestiais principais medindo três oitavas e unindo níveis de existência dos mundos elementares sub-planetários para coros triunfantes de inteligências angelicais além das estrelas.

Os ideais de harmonia de Pitágoras inspiraram o próprio Copérnico. Nicolau Copérnico (1473-1543) passou a maior parte de sua vida na cidade estado de Frauenburg na Prússia, cumprindo deveres administrativos como cônego do capítulo central e dedicando o resto do seu tempo na contemplação das harmonias cósmicas. Ele percebeu que um sistema planetário centrado no Sol, não só propiciava melhores predições do movimento celestial, mas também podia se expressar através de uma geometria mais elegante - para a maior glória do Deus o Criador. O entusiasmo de Kepler com o sistema de Copérnico estava inspirado pela mesma sensação de idealismo. Ele poderia aceitar o Sol prontamente como o centro do sistema planetário, mas a necessidade de rejeitar órbitas circulares veio como um choque. O círculo é um símbolo arquetípico de harmonia e perfeição; Kepler recuou com desgosto quando uma pouco perceptível protuberância começou a emergir de sua análise da órbita de Marte. As órbitas elípticas revelaram um esquema de harmonia celestial eventualmente mais sutil e profunda do que as que existiam anteriormente.



As notas musicais

 Eduardo Bighelini, tenor 
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A Escala Musical

As notas musicais nada mais são do que vibrações sonoras comunicadas através do ar, de acordo com cálculos baseados em proporções matemáticas precisas. Quando vibramos a corda Lá de um violão, juntamente com a nota Lá fundamental, outras notas, chamadas de harmônicos, são emitidas em uníssono com a fundamental, que ao soarem em conjunto, emitem o tom da escala de Lá: é a chamada escala harmônica, composta sempre de sete notas pelo padrão ocidental. A composição da escala musical, e de suas proporções matemáticas, foi descrita por Pitágoras, como veremos mais a frente.

As notas musicais são em número de sete: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Sí, além das notas acidentadas por bemóis (b) e sustenidos (#), perfazendo um número de doze seqüências harmônicas possíveis: Dó, Dó#, Ré, Ré#, Mi, Fá, Fá#, Sol, Sol#, Lá, Lá# e Sí, com diferença de um tom entre as notas, com exceção dos intervalos de Mi para Fá e de Si para Dó, onde o intervalo é de meio tom.

As notas musicais tiveram nomes diferentes de acordo com cada língua de cada país, onde normalmente se utilizava de letras do alfabeto local para designar cada uma delas. Era um processo difícil já que, de país para país a notação musical era diferente, ocasionando dificuldade de interpretação de obras de autores de diversos lugares. Além disso, as diferenças de tom, uma oitava acima ou abaixo, também eram notadas com letras diferentes: o mesmo Dó, uma oitava acima ou abaixo era escrito de forma diferente na partitura musical.

Foi o monge beneditino Guido de Arezzo que, no século XI, resolveu o problema dando o mesmo nome as notas, não importando a oitava em que estivesse. Ele se utilizou dos versículos de um hino muito famoso na época dedicado a São João Batista, que em cada estrofe iniciava por uma nota diferente da escala, dando a esta nota as duas primeiras sílabas de cada estrofe em latim:

ut queant laxis

resonare fibris

mira storum

famuli tuorum

solve polluti

labii reatum

Sancte Joannes!

A atual nota Dó corresponde UT e a nota Si ainda não era utilizada. Mais tarde foi adotado a notação utilizada até hoje de se associar as notas a letras do alfabeto ocidental:
Dó - C, Ré - D, Mi - E, Fá - F, Sol - G, Lá - A e Si - B.

In principium erat Verbum

 Eduardo Bighelini, tenor 
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In principium erat Verbum

Os povos antigos perceberam que a natureza tinha determinadas correlações que podiam ser expressas através de conceitos numéricos: a unidade, o binário, o ternário, o quaternário, o qüinqüenário, o setenário, octonário, o denário e o duodenário. Estes conceitos foram expostos através de todas as manifestações culturais de todos os povos, seja através de deuses, heróis e mitos, seja através de sua arte. Principalmente na música ocidental, estes princípios foram respeitados e seguidos pela força da Tradição: a nota musical (unidade); o bicorde (binário); o acorde (ternário); os intervalos de terça (ternário), quarta (quaternário) e de quinta (qüinqüenário); a oitava (octonário), as sete notas da escala tonal (setenário); a pauta (qüinqüenário) e os doze tons existentes (duodenário).

Portanto, mais do que apenas ser uma mera junção de Som e Tempo, a música era vista como uma forma de manifestação da natureza invisível, e como tal possuía as possibilidades inatas de comunhão com esta natureza invisível, e com o mundo divino. Se encararmos a Criação como vibração, vemos que cada plano é composto de características vibratórias diferentes, desde as mais sutis até as mais densas, sendo, portanto possível, através das características vibratórias do som, fazer o caminho inverso até as regiões mais sutis.

Este era o principal motivo pelo qual, instrumentos musicais, como sinos, chocalhos, flautas e trombetas eram utilizados tanto pelos sacerdotes em suas operações teúrgicas, como pelos guerreiros em suas ações contra seus inimigos como forma de, não só atrair os auspícios divinos, mas também utilizar o som como arma psíquica.

A música contemporânea ainda está em gestação, e da mesma maneira que nossa estrutura de consciência mantém extratos de estruturas anteriores, a música feita atualmente mantém elementos das eras anteriores, apesar de ter perdido o sentido de elo de ligação com o mundo espiritual. Quando ouvimos uma música primordial, como a música folclórica de alguns países, sementes de nosso próprio consciente, ou inconsciente, vem à tona, trazendo-nos imagens e sensações que se harmonizam com a música em questão. Em cada século surgem alguns estudos específicos sobre os efeitos mágicos da música, e há ainda muitas escolas ativas que empregam sistemas musicais para alterar a consciência - entre as quais se incluem as Igrejas ortodoxas. São práticas antigas que perduram até hoje através da Tradição, e que buscam uma relação de harmonia entre o mundo divino e o mundo material, através de manifestações como a música.

A música original, equivalente à música primordial na consciência humana é tanto física como metafísica, biológica e psicológica, material e espiritual. Suas raízes estão no desconhecido, manifestando-se no mundo material como vibrações sônicas ou sonoras.

Por prover do desconhecido, ela pode despertar o desconhecido em nós, partindo de nosso sentidos até a nossa consciência. Os sábios da antigüidade ensinavam que a emissão física de som em si, particularmente de freqüências e padrões selecionados (música), é reflexo de uma realidade espiritual interior, e como tal pode ser utilizada para criar estados alterados de consciência, tanto de quem a executa como de quem a ouve. Como possui uma expressão física, ela pode ser transferida diretamente de consciência para consciência, principalmente se associada ao simbolismo ou a uma cerimônia mágica religiosa.

E por que a música possui essa propriedade mágica? É porque ela é um eco do impulso da criação divina, do Sopro Primordial ou do Verbo Criador. É Ruach, ou o sopro divino que pairava sobre as águas primordiais, e que até hoje os cientistas procuram ao dizer que estão "ouvindo" o som do Universo após o Big Bang. Na música metafísica ou alquímica, o ar físico exterior, agindo como um meio de comunicação e transferência para as vibrações, é a expressão de um Ar mais sutil e do mesmo Espírito originador que, num sopro, fez vir o Tudo do Nada.

Saúde Vocal para Cantores

Eduardo Bighelini, tenor   Contatos: +55 (51) 98183-9688 * ebighelini@gmail.com *  @edubighelini.tenor   Hidratação, Alimentação e Alergias ...

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